domingo, 25 de março de 2012

LAMBE LAMBE

ESTA FOTO FOI SCANEADA, ORIGINALMENTE  FOI REVELADA EM
PAPEL LINHO.  MOSTRA O TRABALHO DE UM FOTOGRAFO "LAMBE-LAMBE"
EM PLENA ATIVIDADE , COM O CLIENTE ESPERANDO CALMAMENTE A REVELAÇÃO
DA FOTO.

O fotógrafo lambe-lambe, também conhecido como fotógrafo de sapateria, por utilizar muitas vezes um sapato para o fundo das fotos, é um profissional em extinção. Presente a partir do século XIX nos espaços públicos das cidades brasileiras, teve um papel importante na popularização da fotografia no Brasil.
Existem algumas explicações para a origem do termo: lambia-se a placa de vidro para saber qual era o lado da emulsão ou se lambia a chapa para fixá-la. Ou a origem pode estar ligada ao antigo processo da fotografia.

Etimologia do Fotógrafo “lambe-lambe”
Primeiras seis décadas do século XX, nas praças era comum encontrarem-se encapuzados e quase fundidos à caixotes sobres tripés, verdadeiras maravilhas da síntese que unia a câmara ao laboratório, o fotógrafo lambe-lambe. Qualquer um deles orgulhava-se em dizer a marca da lente que usava. Era a essência do negócio. Uma pesquisa feita por FRÓES, LEONARDO "Os lambe-lambe" – in Coisas Nossas Rio de janeiro, RJ/MEC/FUNARTE, 1978, revela que quem criou os chamados fotógrafos de jardim, “photographo de português” foi o rei. Em 17 de maio de 1911, a revista Fon-Fon publicava o anuncio: “Trabalhe por Sua Conta, que uma empresa de Nova York EUA anunciava prometendo lucros grandes e certos. Era o tempo em que o fotógrafo ambulante tinha status. Os anúncios exibiam ao lado da maravilhosa “machina photographica” um sujeito elegantemente vestido de terno, gravata e chapéu de feltro.
Como surgiu o termo “lambe-lambe”?
A imagem fotográfica convencional é uma imagem de Prata[1]. As emulsões que compõem as películas dos filmes e fotografias, são à base de sais de Prata, sensíveis à luz. O material fotográfico quando sensibilizado na retina de uma câmara fotográfica e submetida à ação de um revelador[2] transforma-se em Prata metálica. Essa estrutura de Prata metálica varia em tons de cinza, que vai do preto ao cinza-claro para a fotografia em preto e branco, proporcionalmente à intensidade de luz recebida pela emulsão durante a exposição.
Para se obter uma fotografia convencionalsão essenciais: o processo de revelação, fixação [3] e lavagem[4]#Lavagem. A revelação – ocorre quando a película é submetida à solução alcalina capaz de transformar os sais de Prata sensibilizados pela luz em Prata metálica.

A fixação – ocorre quando a película revelada é submetida a uma solução ácida de Hiposulfito de Sódio[5], agente que em contato com um sal de Prata tende a formar um Tiossulfato de Prata, decompondo-se rapidamente em Sulfeto de Prata e ácido sulfúrico. Sem a fixação a vida útil de uma fotografia fica reduzida a poucos minutos.
Características que conduziram ao termo
Os Tiossulfatos complexos de Prata têm sabor doce; o Tiossulfato de Sódio[6] é amargo; o Tiossulfato de Prata tem sabor metálico desagradável.
A fixação consiste na formação de complexos de tiossulfato solúveis, que serão eliminados durante a lavagem da fotografia. Se a fixação tiver sido completa, os sais doces solúveis serão eliminados facilmente na lavagem. Esse processo tornará o tempo de vida útil da fotografia indeterminado. Caso contrário, os sais amargos insolúveis bem como os de sabor metálico não poderão ser eliminados. Neste caso, a vida da fotografia estará seriamente comprometida.

AS INFORMAÇÕES ACIMA FORAM TIRADAS  DAQUI,  ONDE TEM MAIS INFORMAÇÕES E CURIOSIDADES.

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