terça-feira, 13 de maio de 2014

PITANGA

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PITANGA
A pitanga é o fruto da pitangueira, ou Eugenia uniflora L., dicotiledônea da família Myrtaceae. Tem a forma de drupa globosa e carnosa, com as cores vermelha (a mais comum), amarela ou preta[1] . Na mesma árvore, o fruto poderá ter desde as cores verde, amarelo e alaranjado até a cor vermelho intenso de acordo com o grau de maturação.
Existe outra espécie, homônima a Eugenia uniflora O. Berg, descrita em 1857, e renomeada Eugenia lineatifolia (O. Berg) Mattos em 1993[2] .
Este fruto não é produzido comercialmente, pois, quando maduro, fica muito tenro e danifica-se facilmente com o transporte, apresentando grande fragilidade. Apesar disto, é apreciado no Brasil, por ser muito saboroso, além de ser rico em cálcio[1] .
 
A pitangueira é uma árvore nativa da Mata Atlântica brasileira, onde é encontrada na floresta semidecidual do planalto e nas restingas, desde Minas Gerais até o Rio Grande do Sul em regiões de clima subtropical. Apesar de ser tipicamente brasileira, esta espécie atualmente pode ser encontrada na ilha da Madeira (Portugal)[1] , na América do Sul (Argentina, Bolívia, Guianas, Paraguai, Uruguai e Venezuela), América Central (incluindo Caribe), América do Norte (exceto Canadá) e África (Gabão, Angola e Madagascar)[2] .
É uma árvore medianamente rústica, de porte pequeno a médio, com 2m a 4m de altura, mas alcançando, em ótimas condições de clima e de solo, quando adulta, alturas acima de 6m [3] e até, no máximo, 12m[1] . A copa globosa é dotada de folhagem perene[1] . As folhas pequenas e verde-escuras, quando amassadas, exalam um forte aroma característico[3] . As flores são brancas e pequenas, tendo utilidade melífera (apreciada por abelhas na fabricação do mel).
A planta é cultivada tradicionalmente em quintais domésticos. O seu plantio é feito simplesmente pela colocação de um caroço de pitanga no solo ou pelo transplante de uma muda até o local adequado ou por meio do próprio fruto. Dá-se bem em quase todo tipo de solo, incluindo os terrenos arenosos junto às praias e terrenos secos. É também usada como árvore ornamental em áreas urbanas de cidades brasileiras, na recuperação de áreas degradadas de sistemas agroflorestais multiestrato e em reflorestamentos heterogêneos[1] . As pitangueiras com frutos são um ótimo atrativo para pássaros e animais silvestres em geral. Além de ser usada na medicina popular para tratar cefaleia.
A tradição popular atribui algumas qualidades terapêuticas às infusões feitas com as folhas verdes da pitangueira ("chá" de pitanga ou "chá" de pitangueira)[3] .
Etimologia
A palavra "pitanga" vem do termo tupi pi'tãg, que significa "vermelho"[4] , numa referência à cor mais comum do fruto. "Pitangueira" é uma palavra híbrida formada pelo termo "pitanga" e pelo sufixo nominativo plural "eira", do latim ariu, que significa "coleção, quantidade, relação, posse"[5] .
Em inglês britânico e norte-americano, o fruto é também conhecido como "pitanga" ou então como brazilian cherry ou surinam cherry ou "south cherry".
Referências
  1. Ir para: a b c d e f Harri Lorenzi Árvores brasileiras vol. 1, Instituto Plantarum
  2. Ir para: a b Tropicos.org. Eugenia uniflora L.. Página visitada em 8 de setembro de 2009.
  3. Ir para: a b c Chá & Cia. Pitanga - Eugenia uniflora L.. Página visitada em 9 de setembro de 2009.
  4. Ir para cima ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 341
  5. Ir para cima ↑ CityBrasil. História da Cidade de Pitangueiras. Página visitada em 8 de setembro de 2009.